terça-feira, 28 de abril de 2009

Ciranda

Dia da semana: sábado. Para se animar: música predileta. Para sair à toa: aquela roupa já batida. Para iluminar: boas risadas. Para conquistar: olhares e jogadas de cabelo. Para se entrosar: um bom papo. Para amar: mais amor. Para criar cumplicidade: dia-a-dia. Para ver se é de verdade: cotidiano/rotina. Para as brigas: brigadeiro como remédio. Para juras de amor sem fim: vinho tinto. Para as chateações: velhas amigas. Para reconciliações: dormir junto. Para novas brigas: velhas amigas. Para o desenlace: Cazuza. Para o momento fossa 1: corte de cabelo, tatuagem, promessa de regime. Para o momento fossa 2: brigadeiro mais Chico Buarque. Para o momento “quero a vida com ela é”: Nelson Rodrigues. Para afogar mais as mágoas: um bom porre com as amigas. Para a ressaca: água de coco. Para pensar que se pode ser romântico sem ser romântico: Caetano. Dia da semana: sexta-feira. Para se animar: as velhas amigas te convencem. Para sair à toa: sua melhor roupa. Para iluminar: suas amigas te dizem – “você está linda”. Para melhorar: ele te diz oi e pede seu telefone...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

a negação

Não, não gosto da chuva
da umidade
da solidão
da sensação de impotência
da obrigação do não-fazer-nada.
Os vidros embaçados
a sinusite atacada
as roupas que insistem em sair por aí
cheirando a coisa guardada.
Persisto que Salvador fica triste –
E o mar chora.

domingo, 19 de abril de 2009

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Tem tanto tempo que eu não escrevo aqui, que acho que perdi um pouco o costume de postar algo. É que com a pressão do mestrado e a necessidade de escrever, o prazer de escrever é deixado um pouco de lado.
Hoje foi um dia bastante atípico. Sabe aqueles dias regidos completamente pelo paradoxo? Aqueles dias que te fazem pensar mais do que o costume, a repensar certas coisas que, normalmente, a gente prefere deixar para depois. Um exemplo? Fácil. Acordei com a notícia de que meu vizinho havia morrido na madrugada (morreu de velhice tadinho.. 95 anos!!). Almocei e fui com Dona Inez para o velório. Missa daqui, choro dali, meus pêsames acolá. Único substantivo (e bem abstrato): triste.
Chegou a noite e foi formatura da minha amiga Valéria. Entramos juntas para a faculdade, nos idos de 2003. Muita gente conhecida, vestidos glamorosos, chuva chata. Eu pra lá e pra cá. Tive a felicidade de ir com dois grandes amigos. Tirei foto também de beca (MOAHAHA) e daí piorou... êta nostalgia braba, vontade de não pensar no futuro profissional, nas contas para pagar, na morte... vontade de ficar em casa de tarde, vendo novela mexicana com a Grazy.. vontade de encontrar a Fá, ouvir as loucuras dela. Vontade de um monte de coisa e “Eu só queria amor, amor e mais nada” - citando meu amado Caetano.