quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Ao alto

Engravidei:
de mim, de você e do mundo.
Da saudade,
da peste
da fome que cala
da bailarina da noite,
da sede.
Para provar que não
sou leviana,
disfarcei
e me cobri de branco.

sexta-feira, 18 de março de 2011

um pedido sofrido

Apareceu numa noite de luar. Insuspeita.
Poesia se fez vida.
Primeiro reclamou, chorou
fez manha até não poder mais.
Foi em vão - não foi ouvida.
E se acalmou.
Sentiu melancolia,
tristeza, remorso.
Talvez a definição seja: frustração.
E se fez calar.
Se ela vive, é para ser poetizada,
cantada, cortejada.
Mas não é mais.
Já foi.
E os poucos que sobraram,
rebeldes mesmo com causa,
conclamam:
Volta Poesia!

terça-feira, 15 de março de 2011

V

Posso falar?
Acho que peguei amor.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Porque antes dela ir embora,
- de vez -
parou.
E passou batom.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Por entre paisagens verdejantes
e casas com nomes
vivi saudades,
de mim
de ti
de casa
do gato.
E ainda vivo.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

a vontade

Se por ti é de ficar
que corra o mar
que baile a luz
e fique.
Mas não espere a mesa posta.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

E o mar adentrou minha vida
e me deixei navegar