quarta-feira, 30 de julho de 2008

uns

Cores de um sem nome

Uma casa

Um pincel

Uma espera

Uma hesitação

Talvez uma música,

Ou uma poesia

O bate-bate

O treme-treme


Não, isso não é um testemunho

Talvez seja uma artimanha

A dádiva de se recriar e se reinventar


A manhã não nasceu azul e

Eu não sei tocar um instrumento

Mas queria...


Princesa adormecida

Dormindo espera

As espumas das ondas dizem algo.

terça-feira, 29 de julho de 2008

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Os chinelos ainda estão aqui

O cachecol também

Cheirando a armário

O tempo aqui é quente

Úmido

Eu não chorei por você no chão da cozinha

Mas derramei duas únicas lágrimas

Lá longe

Lá onde as sensações agradáveis habitam

Ou habitavam

quarta-feira, 9 de julho de 2008

malas

Acho que nasci para viver o mundo... ou talvez eu tenha me moldado para isso. Viajo sábado para Campinas... lóóóógico que eu já aumentei um pouquinho mais o meu roteiro. Vou aproveitar para dar um “pulinho” até Belo Horizonte e rever alguns amigos de estrada.

O estranho é essa minha vontade louca de arrumar as malas. Audrinha já sabia na nossa viagem: “pode deixar que eu arrumo as malas” (tanto as minhas quanto as dela, afinal, dividimos o mesmo armário). Pesquisar no google as partes históricas da cidade, ver mapas, fotos, tudo isso me deixa completa.

O ato de pensar qual roupa combina com qual, o que eu precisarei durante a viagem, tudo isso eu sei que são bobagens, pero, a mi me encanta! Separar shampoo, condicionador, perfume, maquiagem, aaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, que delícia!!!!

A semana tá acabando, a semana tá acabando, a semana tá acabando!!!

Já já entro novamente naquele ônibus. Eu aaamo viajar de ônibus (parece propaganda da Mac Donald’s), porque acho muito chato avião. No ônibus é diferente... fico olhando a paisagem, contando os postes que passam (ahuahuaha), pensando na vida, cantando música... No avião não... a poltrona é desconfortável, eu tenho medo de altura, a comida é ruim e as pessoas não arrancam o sanduíche da bolsa com medo de se passarem por farofeiras. Lógico que eu sei que a viagem é mais rápida, mas aí eu nem sinto que viajei. Subi aqui e desci ali... nem senti os kilômetros rodados...

Déa de malas prontas

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Aí, de repente, você se dá conta de que o queijo mofou. Cá (ou aí) com os seus botões, você se lembra que o tinha colocado na geladeira. A massa de tomate também embolorou. O leite azedou. Pouco importa se o vasco, o fluminense ou o Felipe Massa ganhou. Importam tantas outras coisas que até ontem não tinham importância, ou que não terão importância alguma daqui a pouco. O presente o faz urgente, assim como a fome encalacrada no estômago incomoda em demasia. O copo de cerveja já não tem mais o mesmo gosto que tinha tempos atrás. Melhor substituí-lo por outra coisa...