segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Bora Baêa

Depois de ficar de bode (adoro essa expressão) um sábado inteiro dentro de casa (pijama, bolo, brigadeiro, tv, livros, gatos, o diabo a quatro), era domingo. Um domingo meio tímido, nem sol, nem chuva. Grazi me liga: "amiga, vamos para a Fonte Nova com o Tefo ver o Bahia" - (Tefo é o apelido do irmão da Grazi). Eu pensei e disse: "Mas eu tenho que estudar". Grazi insistiu um pouco e pensei que faria bem um pouco de multidão. Estava cansada de ficar em casa...era bom mesmo sair. Chamei a Audrey para ir conosco e ela, ainda dormindo (já era 12:30 PM), ficou dizendo que não iria...mas foi.
Grazi e "Tefo" passaram lá em casa para pegar a gente. Bermuda, blusinha e chinelo. Entrei no carro. Depois de uma boa macarronada, eu e a Grazi começamos a árdua tarefa de se maquiar dentro do carro. "Cuidado para o lápis não furar seu olho", dizia eu para a Grazi. A Audrey nem se abalou....cara lavada, jeito de moleque, lá foi ela de braço dado com o Tefo. Eu e a Grazi, fazendo o gênero de "garotinhas que vão para estádio de futebol", fomos logo atrás.
Depois de um terrível empurra-empurra, conseguimos entrar na Fonte Nova. Subimos para a arquibanca ao lado da Bamor (só quem é baiano talvez possa entender o que quero dizer) e começamos a "admirar a paisagem". Mais de 38 mil pessoas e a gente no bolo doido!
O jogo começou. Eu, que não entendo muito coisa de futebol, ficava olhando aqueles homens correndo e os homens ao meu lado xingando a coitada da mãe do juiz - aprendi palavrões maravilhosos (e todo mundo sabe que eu gosto de palavrões). Mesmo sem óculos, consegui ver bastante coisa. O bom é que o Tefo nos deixava a par do jogo, afinal, nenhuma das três entende alguma coisa de futebol.
Os carinhas, no início do jogo, até que paqueravam a gente...mas quando o "baêa" entrou em cena, a atenção deles se dirigiu integralmente para o campo.
Um coroa estava sentado ao meu lado. Ele gritava tanto que eu pensava que ele iria ter um infarto a qualquer instante. Pedi para que ele se acalmasse e viramos verdadeiros amigos de infância. Na hora do intervalo, ele foi ao bar e trouxe cerveja para todo mundo!!!
No segundo tempo, olha o Nonato se jogando no chão e o conseqüente pênalti. "Baêa" 1x0. O que acontece??? O cara ao meu lado começou a chorar!!!!!! E eu, achando aquilo tudo tão lindo, a idéia de união, de irmandade pelo futebol, o estádio balançando com a Bamor pulando, eu sem entender o que acontecia no campo, pensava: "tenho que ir para casa estudar!"
Haaaaaaaaaaa Andréa, dá um tempo!